ADRIANA PAULA DOMINGUES TEIXEIRA

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Pandemia do medo e da incerteza

Pandemia do medo e da incerteza

Tempos de coronavírus e de tantos outros vírus, do desemprego às crises cíclicas provocadas pela ganância . De tantas incertezas.  O mundo nunca foi tão líquido, volátil e frágil. "Tudo está por um fio". Estabilidade, único emprego, carreira única parecem conceitos cada vez mais distantes. Estamos com medo, fragilizados diante da nossa impotência. O vírus nos lembra da necessidade de convivermos  e isto parece ser mais sufocante que o contágio iminente pela exposição social. O tempo no afastamento parece ser infinito, mas a vida lá fora continua. Tantos temores... O medo pela finitude da vida, que imaginávamos ser infinita. O medo pelas contas que virão no meio do caos. O medo  pela perda de um ente querido. O medo de fracassar. O medo de perder o seu emprego. O medo por algo que não depende do nosso esforço. O vírus nos despe e mostra quão frágeis somos. Tudo está por um fio, então não podemos mais adiar o que realmente é importante. Ainda que haja o distanciamento social há muito por dizer e fazer. Vamos aproveitar este momento de silêncio e reflexão, que tenhamos serenidade e consciência do outro nesta enorme travessia e que aflorem os sentimentos genuinamente humanos de empatia e solidariedade. Para os trabalhadores com vínculo empregatício resta o diálogo, diretamente ou por meio de seus sindicatos, para que consigam um denominador comum. Para os independentes e dependentes economicamente resta o Estado,  a assistência social. Para os idosos resta a proteção dos mais novos. Sigamos em frente, ainda que o medo seja paralisante, na certeza de que após toda esta dificuldade nos tornaremos de algum modo melhores. Então, é hora de otimismo e que possamos enxergar a luz no fim do túnel. Sigamos...

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